Jetlag (in E)

My heart’s so jet lagged

And all the moments we had are behind

This is our youth

We would rest if we could

But I wanna touch the sky

I wanna touch the sky

 

This is the moment, the moment of our lives

I feel the age’s coming while the clock’s ticking by

And I don’t know what I’ll find

I don’t know what I may find

I may find

 

My heart’s such a jetlag

And all the moments we had are behind

This is our youth

We would rest if we could

But we wanna touch the sky

We wanna touch the sky

 

Look at all those people you are dying to meet

An unexpected friend folded up by mystery

And home’s just another place you’ll be from

Dive in the open road and embrace the unknown

 

My heart’s so jet leg

And all the moments we had are behind

This is our youth

We would rest if we could

But we wanna touch the sky

We wanna touch the sky

 

Hey, kid, think again

Look at all the ocean, we were born to pretend

And the people in our lives they come and they go

This road’s just a blink, it will pass faster than you’ll [ever] know

 

My heart’s so jet lagged.

Foto 28-12-15 20 20 27

 

Amor?

É uma bomba relógio.

Por qual motivo desejaria essa química desforme trabalhando no meu cérebro como um cão tarado que despende todo teu sêmen, lascívia e demência ante um cheiro inusitado?

É a latência destrutiva que corrói a conjunção de dois corpos.

Que quero eu com a auto-destruição já diariamente cultivada? O arranjo perfeito e malicioso de uma molécula implosiva – um cuspe na cara.

Que é o amor senão isso? Segurar uma implosão devastadora de segundos contados.

Minhas mãos estão mornas pela última vez.

Sigo sozinha.

sidviciousandnancyspungen

Retrato da meia noite e 35min

É tarde. Você se enxerga resumida em quatro paredes nuas, silentes. Há na cabeça toda sorte de mistura cognitiva, emocional, acidental. É só mais uma madrugada narrando o vazio interno sozinha – rotina.

E o pensamento voa, a vontade contida rasga, o meio sorriso engana, e o amor, à espelho de uma promessa política em recessão, tange o céu com pés agrilhoados em um solo úmido.

O homem, digo, o eterno insatisfeito, busca no amanhã a satisfação imediata. E a distância à realização plena, em resposta, cospe restos de realidade intragáveis, tornando o sonhador mais otimista, peça ignóbil numa esteira utilitária – a que uso se destina, se não tem um fim? É a quântica distância da felicidade, aos irrequietos, sempre inafável.

E, entrementes um suspiro vago e um desejo de mundo, tocam os teus lábios a melodia que venero. A receita agridoce do prazer começado e dum mal gosto inócuo, que prematuramente anuncia seu próprio fim. E nada mais natural que se iniciasse e falecesse por um beijo, tal como os anos vindouros; ao pretérito, às esquinas, aos sorrisos, aos segundos, tudo engole. Tudo, salvo a memória. Essa permanece viva, é chama incandescida no breu abissal dos dias.

Me perguntarias, por certo, “Tens medo do presente?”. “Não, meu caro amigo.”, e, em seguida o faria entender: “Não é dele que temo. O objeto da minha insomnia não é o ‘agora’, mas se constitui no que ele faz com este seu produto: o inacabado.”  É o inacabado, o rascunho, o ‘talvez’, os ‘e se?’, e em suma a alternatividade da escolha que me põe à noite de joelhos na cama, na busca fracassada por ar. É por que a escolha é sentença irrecorrível, à qual o recurso da dúvida não resolve, só incita. E qual péssimo advogado insiste num erro senão todos nós? Advogamos recursos não conhecíveis, esperamos do nada um grão de visão. É talvez no meu caso gosto particular pelas causas perdidas… Ou pelo gozo oneroso do novo e do ‘não’.

Caso vires um rosto triste ou distante, não preocupa em sentir qualquer dor. Segue em frente. É só minha feição respondendo a tudo que eu não sei.


“A grande arte exige amor e ódio”. (Brecht)

Monet

Esboço Inaudito

Pés envoltos na musga cor daquela terra que brota no interior dos tendões. Como uma extensão biológica o sopro proveniente do solo deixa o útero de seu âmago, buscando encontrar-se para compor seus calcanhares. 

A fragilidade da vida integrada conversa na harmonia da despretensão com as novas formas fundidas pela concepção. 

Eu tudo vejo e tudo recebo pelos poros da fluidez exteriorizada pela troca simbiótica. A abertura visceral do eu para o mundo… Aquele mesmo que, agora, enquanto infinidade da forma, tudo pode vir a ser, ou deixar de ser, incondicionadamente.  

A união angariada disforma a doxa. Desconstrução imaterial das estruturas pré-formuladas. Venho a vir a ser, venho a deixar de ser. E, assim, com a comodidade de uma larva que cospe seus restos amorfos, não mais sou ou não sou, diante da multiplicidade do ser e de sua negação. A anulação do padrão referencial interior se dá pela superveniência negativa ante a afirmativa, e vice-e-versa. E, ainda, não há que se falar em nulidade – se assim a predicamos – mas na suspensão intermitente da manifestação identitária. 

A vivência que flutua desconstruída. Os corpos que bóiam no mar. E o mar, contudo, uma possibilidade infinda, latente, escandalosa, de potencialidades combináveis. A onda que crava a auto-destruição se engolindo e renasce no reencontro austero do urgir da nova crista. 

Repara a potência latente fadigada pela realidade inclemente. 

Mira despede-se dos velhos hábitos e descansa a xícara borrada pelo grão envelhecido na escrivaninha do quarto. Adianta-se à janela irregular, ofensiva, até, tamanho o aleijamento geométrico de sua constituição. A íris âmbar adere à inconstância da madeira maciça e se funde na dubitabilidade  do objeto. 

As palavras muita vez se riscam nas próprias entranhas. Claro que é o enjoo gutural do sentido – ou, por deus! – de sua falta. 

Mira, Mira, Mira! Atraca reincidentemente aquele desgosto de ser o escopo e não a embora desrespeitosa, factual infelicidade (ou felicidade) constituída. O projeto e não a lei. Não o relatório, o esboço. Não a obra, o rascunho. 

Ao bom ator se reserva o improviso, e disso se consolam os errantes, bon-vivants, os músicos e os príncipes descoroados pelo mesmo despeito que outrora lhes concederam o título. E que vale o consolo fronte a impetuosidade inflacionada da inquietude anímica? Responderia bem à questão aquela Mira da tarde anilada, não fosse os olhos baixos fixos no pé das castanheiras. 

 

Pergunta sempre a cada ideia: a quem serves?

“Occupy Gezi: brazilian friends! Your posts get lost between others – tell us what’s happening there, comment below for everyone to follow.”

Brasil is experimenting a big wave of protests trough all the capitals and cities. The public transportation’s fare was the catalyst for all the multitude claming for education, end of corruption, medical system’s improvement, and all the multiple aims that just don’t fit in one protester’s placard. 
The situation, though, has achieved a higher and delicated level when the representative faces of “right” and “left” became separated by their hostility.
The tableau, now, denounces an appropriation of reports and even of the manifestation’s agenda – by the national news industry (such as Globo news, Record, SBT). In that context, it is possible to glimpse a relative uprising of a maneuver mass, largely manipulated and tied up with the climate of high uncertainty. An odd climate.
The media, that once labeled us hooligans and causeless rebels, now encourages us, separating the “good protester” from the “bad one”, or vandal. The first one, the “ideal”, chairs the act moving forward in an orderly and peaceful manner, running almost a “politically correct” speech. The second one, the avoidable, invades the Congress, wears headscarf and acts, in their words, radically. 
The military police, that once gunned down unarmed demonstrators with tear gas and rubber bullets, now, in some cities, doesn’t take a stand anymore. Remain silent.
In Rio and Brasília, for exemple, the framework’s distinct. They are beautifully resisting, inspired by strength and will.
Here, in the Southeast, São Paulo looses itself in a confused fog. 
In such a context it can be extra important to reflect and question what is thought of as normal.
Is it normal to extend flowers when troops respond with bombs and shoots you with no clemency? (I did!) 
When the punishment of our sins lays in the fight for our Country?
Is it normal to gently maintain peace and order, with children dying every day due to a waiting on a kilometric Hospital’s line?
Is it normal to smile when the money destinated to your education is kept on the pocket of your Senators? 
Without delay, is it normal to be the abovementioned “ideal one” when your government daily violates democracy and violently usurps your rights?

“The river that everything drags is known as violent, but nobody calls violent the margins that arrest him.” (Brecht).

Always ask to each idea: to who do you serve?
Greetings from Brasil.

11 e 13 – O Inverno de Junho

Muda-te a ti mesmoQuem respirara os ares pesados de uma mão governamental indiscriminadamente truculenta e repressiva, que impera a ordem com o fulcro no medo;
Quem ajoelhara-se diante de um paredão enegrecido, fardado e fadado a anestesiar-lhe o que tem de desperto – a serviço de uma ordem que, se isenta de disfarce, sangra – quem ajoelhara-se diante “deles” e estendera-lhe flores;
Quem tapara o rosto e cobrira as feições à imagem de um criminoso, intentando não outro fim que não a salvaguarda da própria integridade física [e, enfim, abstraíra a representação semântica da letra “mother do you think they’ll drop the bomb?”];
Quem se mesclara aos amontoados daquela rua, um canteiro belicoso alvejado com horror, cólera, opressão e tudo aquilo que a tua máscara não te imuniza; quem se vira confinado ali, menos valorado que porcos d’uma Ilha das Flores, apercebido da verdade inaudita: aquele entendido como teu protetor, te juga.
Quem padecera do descarrego sociológico de três décadas – por um interim de nós distanciadas – afunilado em instantes contados;
Quem, embora consciente do que padecia o físico e intelecto, embora atento ao poltergeist ditatorial não-declarado, embora aterrorizado pelo choque paradigmático da tua era;
Quem submetera o plano ideológico à cura inexorável da praxis e vislumbrara com seus próprios olhos a beleza inumerável da tua geração às ruas, soltando da garganta um brado enérgico, porém não menos justo;
Quem levantara os olhos e com eles vira-se capaz de sorrir e levantar a haste da crença frente aos escombros da ignorância da pátria amada, este, sim, alimenta o sonho no peito e uma máquina metamorfósica nas mãos.
Ao sonhador, cumpre obstar, não há de olvidar-se nem a beleza estética do ideal, nem a funcionalidade daquele a esta, casada. E, se como interposto, a metalinguagem destoa, segue a medianeira apoiada no simples.
Às ruas, o Gigante, sedento (pelo acúmulo histórico), clama desmarginalização temática duma Nação afundada em teus débitos sociais. É infindo, plurissignificativo e inesgotável o que se exora. Compreensível, uma vez inexistente o espaço para toda inescrupulência governamental reinante dentro de um só cartaz. Fecundo, assegurada a significância real de cada tema levantado.
Insta balancear, todavia, as conjecturas das temáticas universalizantes à proposta embrionária do movimento que alastrara milhares às ruas. Urge, aqui, a necessidade da canalização una e macro-suficiente do idelário anterior aos demais: o transporte público e seu acréscimo de tarifa.
É cega a visão que afirma ter a vigente onda de protesto, esgotabilidade quando arquivada e resoluta a atual disposição. A consciência provara retorno de sua latência onírica e tomara as avenidas principais. Brecht, Vandré, Russo, Buarque, as sacadas.
Os vinte centavos, minha geração desperta, desencadear-se-ão sequências inesgotáveis de diversas outras transformações do porvir!
E, a fim de que experimentem concretude, é mister, a cada um de nós, atear-se ao presente e cultivar, paulatinamente, a ação que cada momento oportuna. Hoje são vinte centavos, amanhã a questionabilidade legislativa, a educação e sua formação infra-estrutural. Bom lembrar, até a vitória é organizada!
Eis aqui um chamado isolado por unidade. Eis a sede juvenil por aquilo que já nasce a nós pertencendo – o direito! Estejamos unidos pela mesma causa. Mantenhamos o foco, o objetivo, o olhar intrépido, a coerência. A crença de que somos capazes, sim, de fazer história! Somos os filhos da revolução.

Torre de marfim

“Nítida é a relação entre norma e poder. (…).

Verifica-se que a norma jurídica, às vezes, está sujeita não à decisão arbitrária do poder, mas à prudência objetiva exigida pelo conjunto das circunstâncias fático-axiológicas em que se acham situados os respectivos destinatários. (…).

‘Se assim não fosse [e é], a norma jurídica seria [ontologicamente sendo, – pedido de ‘vênia’ ao tsé-tunguismo do paradoxo], na bela e exata expressão de Rudolf von Ihering, um “fantasma de direito”, uma reunião de palavras vazias; sem conteúdo substancial esse “direito fantasma”, como todas as assombrações, viveria uma vida de mentira, não se realizaria, e a norma jurídica foi feita para se realizar. A norma não corresponderia a sua finalidade; seria, no seio da sociedade, elemento de desordem, anarquia, instrumento de arbítrio e de opressão. A norma jurídica viveria [e vive] numa torre de marfim, isolada, à margem das realidades, autossuficiente, procurando em si mesma o seu próprio princípio e o seu próprio fim.’

Abstraindo-se do homem e da sociedade, alhear-se-ia de sua própria finalidade e de suas funções, passaria a ser uma pura ideia, criação cerebrina e arbitrária.”

(Citação de Maria Helena Diniz, Teoria Geral do Direito Civil)

 

Dear prudence.

Won’t you come out to play?

( http://www.youtube.com/watch?v=q0xC7My59bA&feature=youtu.be )
(http://www.youtube.com/watch?v=DvJRdS1CaYQ) – Dear Prudence, de Across the Universe

TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

II – a cidadania;

III – a dignidade da pessoa humana;

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II – garantir o desenvolvimento nacional;

III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

 TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

 CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

    Os quatro cantos do complexo praiano embalam o elo da mágoa. As areias do tempo retornam e contornam, ateando vida e forma precisa à giratória do circunlóquio. A quebradiça união, acimentada ao longo dos anos sob o custo posterior do que, um dia, com o incauto deslumbramento juvenil, fora submetido à denominação que em mãos dos que suscitam, enuvia-lhes a vista e esteriliza-lhes o senso; outorga em cordas bambas, cambaleada.
A naftalina da re-lembrança é posta em uso já na mesa do almoço, desmofando e cuspindo o que, na consciência, havia dado-se como enterrado ou dormente, enquanto o molho de tomate borbulha na panela ao fogo e o pernil, oferenda generosa, estala no congelador, como que relutando em fronte à aceitação mortífera.
O português, grisalho, com o semblante delineado pelas marcas da experiência, de olhos exaustos de rebatimento da vida que optara, que apenas obedece fielmente às leis primordiais de sua natureza, reagindo ao que lhe é agido, esparrama as palavras com o hálito do tinto do porto, as quais emaranham-se, indo de encontro com as intercepções de sua primeira aventura. Os dois rebatem-se diante das lembranças, que ao peito de ambos estrelam como punhais, como que rasgando-lhes a anatomia e fazendo-lhes vomitar vísceras e entranhas, apenas intermediados pelo ópio singular da primogênita, que à situação acrescenta uma dose de essência racional. O fruto do fruto do desejo incipiente acalenta e direciona o palpitar de seus geradores, a filha fora a gota da esperança em deserto dos sentimentos emboscados, pensado nunca merecedor de florescimento, insípida, incolor e inodora. O impartível despeito in persona, agora malhado, sai pela porta do lado, enxugando a fossa secular resguardada em seus olhos, despedindo-se da mãe, filha e neta. A primeira, longamente suspira e externa a gratidão: “E venha mais um novo ano, que já  belamente inicia.”.
O amor, coisa que em vezes invade os limites do que em potência nos é atribuído como entendimento, nos fundos não se sabe se corroeu-se totalmente ou ainda carboniza baixinho, perene. Em contrapartida, há tendencial envergadura positiva no relacionar d’aqueles mulambeiros da vida, que em tempos já entre-olharam-se com orgulhosa correspondência, algo típico de companheiros descompromissados, não partilhadores de algo específico ou em comum, senão a própria vida. E o que resta do combate à embriaguez d’alma que abriga a carne perecível é a admissão de que somos nada mais que grãos, varridos pelas frações de segundos e instantes, que à areia, são destinados cuidar. É tudo tempo.

Auto-maternagem

A cabeça no travesseiro, na realidade não procura descanso. O sossego ela encontra na busca pelo seu alimento próprio, um sentido de aluguel. A partir do momento que da cama renuncia, que dos sonhos traz apenas a inconsciência e que da porta carrega o vento de sua cerradura, uma escolha é fincada diante dos olhos e do tapete que a austeridade apenas observam. Os olhos, no entanto, visam acompanhar o caminhar da mente, que do caminhar salta a uma corrida alucinante pelo cobiçado desconhecido. E é tudo flores, é tudo casas, é tudo amontoado de gente. Gente feliz, triste, arrogante, miserável, em suas misérias. Em suas fortunas. Gente que ri o riso no ponto do ônibus, gente que traga a vida com a abstinência de um viciado. Ou gente que é tragada por ela? Não se sabe. Sabe-se que o senhor do sebo caminha sem pressa, nas pernas arqueadas. Que a mulher jovial é confidenciada pela companheira do período, como o rouxinol ao ar presenteia o mel da melodia. A cabeça igniça e exige mais da estrutura corpórea. É tanta coisa! Coisa que antes não alvejou o olhar. É riqueza de cores. É o sub amontoado ao sobre. É a cultura de todos, e cultura é de ninguém. E ninguém são tantos… Ninguém é a cabeça que rodopia no formigueiro das ruas. Ela busca mas não encontra. Não fossem busca e desencontro, escolha alguma maternaria-se. E quem é que traz oportunidade madura dos pés?

Os Três Pontos Não-Colineares Compilados

Rapina em malabarismos eufóricos, ansiosos dos novos ventos os dedos leves que buscam, inconstantes, a verdade que se palpa. Os olhos que do mundo requestam o saltar das cores, o contraste e a saturação dos amores, bem como a bela, indescoberta e infindável obra homérica a vir na alba pragmática. Os pés, volitantes, levam do solo o espólio fresco da nova Terra amarronzada, que em sua novidade um rastro deixaram. A harmonia instintiva percorre a anatomia metamorfoseada. Assimila-se tahrir.

 

Três Pontos Não-Colineares Compilados